quarta-feira, 24 de agosto de 2011

SALTO DE CANGURU

Não tenho nada para reclamar da vida não, pelo contrário, sou é muito grata por tudo o que nela acontece e pela a história que se cria. Até me lembrei de uma pessoa muito querida, a Nicole Kirsteller, que em um momento de turbulência me disse uma frase que levo desde então: "Na vida a gente pode dar 10, 20, 30 passos para trás, mas chega o dia em que a gente dará um salto de canguru para frente!". E com essa sabedoria ela acalmou meu coração e me ajudou a amadurecer mais um pouquinho. Talvez ela nem se lembre disso e nem saiba o quanto foi importante escutar isso, mas nunca é tarde para dizer: Obrigada Nicole!

Sim, a minha vida deu alguns passos para trás, mas hj ela está caminhando para frente, caminhando devagar, sem pressa, mas sempre em frente. Não foi um salto de canguru, mas são passos firmes que me conduzem para o lugar certo.

Sinto saudade da Nicole, do Ryoki (sim, aquele escritor que está no Guinness Book), eles com a sabedoria e o jeito que são só deles, me ensinaram muitas coisas. Dia desses conversando com o Georges, filho deles, percebi que não andam muito bem, então me deu um aperto no coração, uma vontade de poder fazer algo... Mas quem sou eu pra ajudar? Só quero que eles saibam que se precisar eu estou aqui! Quem sabe eu também não tenho uma frase legal? rs.
Essa família é muito querida para mim, sem deixar de mencionar a pequena Caroline, ou, Carroline, como diz a Nicole com seu sotaque francês.

Engraçado que hoje eu senti saudade de tantas coisas, e dizem que quando sentimos saudade é porque não estamos bem. Mas eu estou bem, muito bem! Só senti saudade... Saudade boa!

Senti saudade da minha vózinha Maria, daqueles cabelos lisos que eu “cobiçava” rs. Senti saudade da voz dela, do cheirinho, do abraço, do carinho. Senti saudade de ouvi-la cantarolando e do sabor da sua comida. E os conselhos que ela dava? Eram os mais simples, mas para levar para uma vida inteira. Saudade de vê-la rezando baixinho com as mãos postas, orações de fé que sempre eram atendidas por Deus. Ai, ai, são lembranças tão boas que ficaria horas escrevendo.

Também senti saudade da minha infância, um mundo onde tudo parecia perfeito e os problemas não existiam... Pelo menos na minha cabeça eram coisas de gente grande. Que saudade de passar horas e horas brincando, sem me preocupar com nada, nem com o tempo, pois quando era hora de entrar para casa, não precisava de relógio, era só ouvir o grito da minha mãe: Cinthiaaaaa! Pronto, eu escutava de onde estivesse e voltava correndo pra casa. E o conforto do lar? A proteção dos pais? Saudade, saudade, saudade!

Senti saudade até de ser um nenenzinho no colo da minha mãe. Tudo bem que eu não lembro como era, mas eu senti saudade, pois de alguma forma sei que era muito bom!

Agora vou voltar ao assunto que me fez criar este post, mas eu não me lembro o que era. O que eu ia escrever mesmo? Não sei, só sei que assim como a vida, este post tomou outro rumo, foi imprevisível, saiu do coração, seguiu seus próprios passos e ficou melhor assim... Então, deixa estar!

Ah, lembrei, era sobre o salto de canguru! E foi exatamente o que esse texto fez, então passe adiante...

4 comentários:

  1. lindo, mas é assim mesmo saudade! sempre de coisas boas... saudade não porque vovó esta longe! é que vcs estiveram juntas bjs mil....

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  2. Amei!!! mas me fez chorar de saudade rsrsr

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  3. A Cinthia sempre coloca seu coração nas palavras. E a Saudades é mesmo um sentimento muito forte. Tão forte que às vezes é preferível viver com a saudade do que matá-la, afinal, sabemos que um dia, seja nesse ou em outro plano, a saudade não vai mais existir, porque estaremos todos juntos novamente.

    Um beijo no seu coração,
    Georges Kirsteller Ryoki Inoue

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