segunda-feira, 26 de outubro de 2015

PÓS-PARTO E AMAMENTAÇÃO

PÓS-PARTO: O meu pós-parto foi tranquilo, tirando o desconforto da cesárea e algumas dificuldades de mãe de primeira viagem, posso dizer que foi tranquilo. Tive o auxílio da minha mãe no 1º mês, que me ajudou com os afazeres de casa e algumas orientações aos cuidados do recém nascido. Digo algumas, porque antes eu havia me informado bastante e quis colocar em prática algumas coisas que achei ideal, até entrava um pouco em conflito com ela, mas no final deu tudo certo.

No começo chorava muito, hora de alegria, hora de tristeza e achava estranho e insensível da minha parte ficar triste num momento tão sublime. É que minha vida virou de cabeça para baixo e até entender que eu tinha que virar junto, demorou um pouquinho, rs. Então eu descobri que o nome disso é PUERPÉRIO, que é a fase do pós-parto em que passamos por modificações físicas e psíquicas, por isso esse mix de sentimentos.

Minha maior dificuldade no pós-parto foi a alteração no meu horário de sono, ou seja, acordar várias vezes de madrugada mexeu bastante comigo. Por isso durante o dia eu sempre dormia quando o Gui dormia e assim ia repondo o meu sono.
Também tive dificuldade com amamentação, pois não é como nos filmes, nasce o bebê e você dá de mamar naturalmente. Tem uma série de coisas que ninguém conta pra gente e a gente só descobre vivenciando. É o que falaremos a seguir...

AMAMENTAÇÃO: Durante a gravidez eu li sobre a amamentação, a importância dela para mãe e bebê e desejei amamentar sim. Mas mesmo lendo e sabendo que leite demora pra descer, cometi uns pequenos vacilos, mas que puderam ser corrigidos rapidamente.

Enquanto eu estava no hospital, veio uma enfermeira "ensinar" como amamentar. Meu filho chorava muito, não conseguia pegar o peito direito, pois eu não tinha bico. Motivo esse que a enfermeira dizia que eu tinha que complementar, se não ele passaria fome. Balela! O colostro que sai das mamas no início alimenta e hidrata o bebê e mesmo sabendo disso, não sei porque a insegurança me bateu. Então eu deixava complementar, mas não desisti da amamentação. Quando o Gui vinha mamar, eu deixava sugar bastante, pois lembrei que assim estimula a descida do leite. Mas a pega não estava correta, então já fui sentindo dor ali mesmo. Ao receber alta, veio uma moça do Banco de Leite, uma benção por sinal, com um folheto instruindo a amamentação e o contato em caso de dificuldade.

Chegando em casa, comecei a fazer do meu jeito e tentei aplicar tudo o que eu tinha me informado. Amamentação livre demanda! Sim, é cansativo, mas meu bebê ficava no peito o tempo todo mamando colostro e em 5 dias o leite desceu. E nada de complemento, era só peito e pronto! Só que comecei a sentir muita dor no bico do peito, e com a descida do leite, meu peito empedrou, a dor ficou ainda mais insuportável.

Foi então que recorri ao Banco de Leite para pedir ajuda, pois não queria deixar de amamentar e posso dizer que foi a melhor coisa que fiz e que todas as mães deveriam fazer, pois sem ajuda, a gente desiste. Ao chegar ao Banco de Leite, a enfermeira que me atendeu já detectou a pega errada do bebê no meu peito, peito empedrado e sapinho no peito, coisa que eu jamais pensei que existia. Então fui instruída a pega correta, a massagear o peito para desempedrar e deixar ventilar o peito, nada de absorvente, conchas, nada, o peito precisa respirar, se não pega sapinho mesmo, que são fungos e que dói pra caramba! Pensa em algo que pega fogo e ao mesmo tempo te enfia uma faca. Pois bem, essa era a sensação que eu tinha quando amamentava com fungos. Eu amamentava mordendo pano, chorando, urrando, mas não deixei de amamentar. Segui toda a orientação do Banco de Leite, passei medicamento no peito e em 1 semana tudo se normalizou, foi então que descobri o prazer da amamentação.

Amamentei exclusivamente por 6 meses, depois houve a inserção de outros alimentos e as mamadas foram diminuindo. Com 12 meses inseri mamadeira durante o dia, então ele só mamava no peito a noite. Algumas pessoas me criticaram por inserir a mamadeira, outras me apoiaram, achando que estava mais que na hora. Mas na verdade não segui nem quem me criticou e nem quem me apoiou, simplesmente segui meu coração, pois cada um sabe sua limitação.

Defendo a amamentação 100%, acho importantíssimo a amamentação em livre demanda, a amamentação exclusiva até 6 meses e amamentar até 2 anos ou mais é o ideal, é maravilhoso e era o que eu queria pra mim. Porém, eu estava muito desgastada, por isso com 1 ano inseri a mamadeira, pois precisava de um tempo, não estava bem. Mesmo assim eu iria amamentar, mesmo que reduzidamente, o tempo que ele quisesse e foi assim que aconteceu. Com 15 meses ele rejeitou o peito a noite, não quis mais e não procurou mais, foi a hora dele.

A nossa amamentação durou 1 ano e 3 meses e o desmame foi naturalmente!



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