quinta-feira, 1 de outubro de 2015

GESTAÇÃO E PARTO

GESTAÇÃO: Engravidei com 30 anos, primeiro filho, tive uma gestação tranquila, apenas com os desconfortos comuns de grávida e bastante enjoo no começo. Também tive a sensibilidade de grávida, os esquecimentos de grávida, os desastres de grávida, as doidices de grávida, pés e mãos inchadas de grávida, bexiga solta de grávida e cometi muitas "gravidices", rs.
Engordei 15 kilos, o que pra mim foi muito, pois já havia engravidado com sobre peso. Mesmo assim, meu quadro clínico sempre esteve dentro dos conformes. 
A cada mês era uma alegria e ansiedade em conhecer o meu bebê e cada ultrassom uma alegria de poder enxergar o que já estava comigo a todo momento.

Passei a gestação inteira desejando um Parto Natural, me informei bastante, mas não o suficiente para conseguir trazer o meu marido para o mesmo pensamento em relação ao parto. Contudo, não tive suporte financeiro e nem emocional para ter uma equipe de parto, então tive que continuar com o meu obstetra do plano médico, que por vezes brigou comigo me achando doida, só porque eu queria algo natural, Mas esse é um assunto que vale uma postagem única, só estou mencionando aqui, pois durante a gestação me envolvi bastante neste tema.

Ao completar 40 semanas de gestação, não tive nenhum indício de trabalho de parto, não saiu tampão, não estourou a bolsa, não senti nenhuma dor, nada que avisasse que meu filho estava prestes a nascer. Então meu obstetra sentou comigo e meu marido para que marcássemos a cesárea, mas eu pedi que esperássemos pelo menos mais 1 semana, ele aceitou, desde que eu fosse durante a semana ao hospital para ele me examinar. Aceitei, pois diante da realidade de parto em nosso país, convencer o médico a passar 40 semanas é um pequeno avanço.
Como combinado, fui durante a semana ao hospital e todos os dias só tinha 1 dedo de dilatação, não avançava, não sentia dor, estava angustiada. 

PARTO: Ao completar 41 semanas de gestação, o liquido amniótico estava escuro, sinal de mecônio no líquido ou seja, as fezes do bebê já tomava conta do líquido, então precisava realizar o parto antes que o pior acontecesse. Se eu tivesse mais dedos de dilatação, meu obstetra iria induzir o parto, mas como eu ainda continuava com 1 dedo, não teve jeito, tive que ir para a cesárea. Ai, meu mundo caiu! Para uns isso ainda não era indício de cesárea, para o médico era e para mim não sabia mais o que pensar, eu só queria fazer o que fosse melhor para meu filho. E com esse sentimento eu acredito que a minha cesárea foi necessária diante da situação.

Lembro-me de atravessar o corredor a caminho da sala de cirurgia, só pensando que não era a cena que eu tinha sonhado para receber o meu filho, não era o ambiente e muito menos o parto desejado, mas se era necessário, que ele me perdoasse, pois as circunstâncias levaram a isso.
Já no centro cirúrgico, uma mistura de medo e ansiedade, mas tudo correu de acordo com o planejado pela equipe médica: Anestesia ok! Cirurgia ok! Bebê nasceu ok! Pediatra e algumas ações desnecessárias ok! Bebê do lado da mãe por uns instantes ok! Pontos ok!


Ele chegou em 27/02/2014, as 19:40 hs, pesando 3.850 kg e medindo 51 cm. E deste parto o que vai ficar na minha memória para sempre é quando escutei o seu chorinho pela primeira vez e depois quando o conheci pessoalmente, aquele rostinho lindo, veio chorando pro meu lado e quando ouviu a minha voz, acalmou. Ali iniciou o elo entre a gente, mesmo com o corte do cordão umbilical, estaremos ligados para sempre. Ali nasceu o filho, a mãe e o pai. Gratidão a Deus para sempre!

Nenhum comentário:

Postar um comentário